Nesta sexta-feira (19), o renomado DJ Alok apresentou sua mais recente obra musical, “O Futuro é Ancestral”. O lançamento, realizado simbolicamente no Dia dos Povos Indígenas, marca uma colaboração com cantores do povo Yawanawá.

Com a participação de mais de 60 músicos indígenas de oito diferentes povos, o álbum “O Futuro é Ancestral” é um projeto autoral que destaca a riqueza e a diversidade cultural do Brasil, resultado de mais de 500 horas de gravações.

Do Estado do Acre, além de Tashka Yawanawá, destacam-se também as contribuições de Mapu Huni Kuin, Matisini Yawanawá e Rasu Yawanawá, representando dois povos originários acreanos. Este projeto é mais uma colaboração musical entre Alok, Huni Kuin e Yawanawá. O título do álbum foi inspirado no último livro do pensador Ailton Krenak, primeiro indígena a ingressar na Academia Brasileira de Letras e conselheiro do DJ.

Em uma coletiva de imprensa, Alok compartilhou sua inspiração para o álbum e sua conexão com os povos indígenas: “Em 2014/2015, eu estava em um momento meio depressivo da minha vida, buscando inspiração. Foi quando vi um vídeo do povo Yawanawá cantando; achei lindo e sabia que precisava ir lá conhecer. Nós passamos 10 dias juntos, e foi um momento de ressignificar muitas coisas em minha vida”.

Além de sua carreira na música eletrônica, Alok tem se destacado como defensor das causas indígenas, dando visibilidade a essas questões em suas redes sociais. Por sua atuação nesse campo, ele recebeu um prêmio no Festival de Cannes, na França.

Para celebrar o lançamento, Alok e os artistas indígenas realizarão um show gratuito na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste sábado (20), em comemoração ao aniversário da capital brasileira, com a presença confirmada do acreano Mapu Huni Kuin.